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Foto do escritorLFMontag

CARDÁPIO ANO DOIS

Atualizado: 2 de nov.



CONVIDEI OS DJs PARA GRAVAR UM SET DE UMA HORA DE CADA ESTILO MUSICAL


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ANO DOIS


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(LEIA A POSTAGEM ORIGINAL)

(OUÇA O SET)


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HOUSE MUSIC

FTEXA


EDUARD

PÓS-PUNK


EDU M

AMBIENT


MONTAG

AUTONOMIC MUSIC


IGA

DISCO MUSIC


MONTAG

ROCK AND ROLL


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M&P 07: FTEXA - HOUSE MUSIC


A música é o alimento da alma.


Se você é o que come você também é o que ouve, e se a música é o alimento da alma a sinestesia da House Music é uma sopa.


Tem House Music aguada, encorpada, apimentada, groovada, ensolarada, enluarada, tem House Music mata a fome e alimenta, esquenta e dá vontade de repetir.


Tem pimenta, tem groove, tem macarrão, beat, kick e cenoura, tem snare, bassline, batata e cheiro verde, tem vocal, gengibre, teclados e metais, tem frango desfiado, palmas, acelga e assovios.


Tem pão, tem torrada, tem passinho, tem mandioquinha, tem cheiro verde, tem coreografia.


Convidei o sopeiro Felipe Xavier, o Texa, para cozinhar, gravar e servir uma horinha de House Music e ele colocou o pano de prato na cintura sem medo e entregou um set didático como sopa de letrinhas, uma canja quentinha derramando groove pelas bordas.


Puxou e cortou somente ingredientes naturais da sua coleção na faca Ortofon afiadíssima e mixando em fogo lento para você sentir o cheirinho de música boa vindo, um caldo sonoro de lamber os beiços e nutritivo como panela cheia de casa de vó.


House Music serve bem para servir sempre e já está no nome, sinta-se em casa e então esquece a colher, pega o fone de concha e a concha mesmo e ouça/toma todo de uma vez só e ainda hoje repete novamente.


Pega a visão dele sobre o estilo e o set e claro, a tracklist, pois tabela nutricional é importante


Obrigado Texa!


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"Muito sorriso e dança, ritmos que guiam meu estilo de produção, meus sentimentos.

Composições com muito sentimento e balanço!

Um equilíbrio de olhos fechados e dança."


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"Foi um verdadeiro desafio escolher e expressar minhas referências musicais, mas eu sabia que precisava encurtar as opções e pegar apenas os discos que faziam parte da minha formação.


Me joguei na case, selecionando e groovando ao som de Funky, R&B e Soul, um mix perfeito das minhas influências.


Gravei esse set direto da minha sala de discos, sem roteiro, sem muito apego, apenas escolhendo os discos e me sentando para ouvir enquanto preparava a próxima faixa."


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Parliament - P-Funk (Wants To Get Funked Up)

George Benson - Breezin’

Quincy Jones - I’ll Be Good To You (feat. Ray Charles & Chaka Khan)

Cameo - Back And Forth

Soul ll Soul - Back to Life (However Do You Want Me (Feat. Caron Wheeler)

Hot Chocolate - You Sexy Thing

Chaka Khan - Ain’t Nobody

One Way - Smile

Brass Construction - Working Harder Every Day

Rufus - Have a Good Time (feat. Chaka Khan)

Con Funk Shun - Happy Face

Fatback Band - Na Na Hey Hey Kiss Her Goodbye

One Way - Smile

Garfield Fleming - Don’t Send Me Away


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M&P 08: EDUARD - PÓS-PUNK


A música é o alimento da alma.


Se você é o que come você também é o que ouve, e se a música é o alimento da alma a sinestesia do Pós-Punk é um macarrão à carbonara.


Sabe como é, poucos ingredientes e muita controvérsia.


Bacon ou Pancetta?

Parmesão ou Pecorino?

Duas gemas e uma clara por pessoa ou apenas um ovo só?

Ou apenas as gemas?


Carbonara é controverso.


E o Pós-Punk?


Os ingredientes ninguém discute: é apenas baixo, guitarra, teclado e bateria.

Mas e a ordem?


O baixo primeiro?

Começa pela bateria?

Introdução de guitarra?

O teclado vai mandar?


E a vestimenta?


Moicano ou roupa social?

Esporte chic?

Roupa de ir na missa?

Casual jeans e camiseta?


O Carbonara e o Pós-Punk representam perfeitamente a passagem da adolescência para a vida a adulta quando você aprende a cozinhar e valoriza os ingredientes em uma boa música, o segredo está na água do cozimento, no amido e na harmonia que tornam o carbonara e o Pós-Punk únicos.


Tem de ser muito punk para ser Pós-Punk, se o movimento Punk é Faça Você Mesmo o Pós-Punk é Você Não Manda em Mim, e paradoxalmente foi a libertação da libertação.


Convidei o cocinero Eduard para gravar uma horinha de Pós-Punk e como ninguém manda em ninguém ele gravou três horas e ainda mandou a tracklist mais bonita de todos os tempos da história provando que três horas de Pós-Punk é muito pouco.


E por isso hoje você vai levar duas versões de carbonara: a do Músicas & Palavras e a versão do Eduard com muito mais gemas (ham-ham) na receita, e você pode testar e ouvir ambas as receitas conforme o seu tempo.


Não soubemos dizer qual seria o melhor macarrão (espaguete? parafuso?) porque tudo após o Punk é Pós-Punk, mas e depois do Pós-Punk, o que somos?


Apenas por favor, não coloque creme de leite nem New Wave porque aí a coisa desanda.

E claro, manera no sal e nos teclados.


Pega a ligação afetiva e a visão dele sobre o estilo e o set e claro, a tracklist, pois tabela nutricional é importante.


Obrigado Eduard!


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"O prefixo "pós" é sempre polêmico e controverso. Assim como pós-modernidade não é uma denominação temporal após a modernidade, não dá pra dizer que pós-punk é apenas o que veio depois do punk.


Dá pra entender o punk como uma resposta à musicalidade e complicação exagerada do rock progressivo no fim dos 1970.


É uma bomba de energia concentrada e elementar que explode o conservadorismo latente do rock (não há nada mais conservador que um solo de guitarra em escala clássica, nem mais pobre que um solo de guitarra do Slayer, que eu adoro, aliás).


O pós-punk então recolhe os estilhaços do dano causado e surge espaço para uma musicalidade diferente: a harmonia passa a conviver com a sujeira, de modo que a sujeira se torna parte do conceito de harmonia. A objetividade do punk abre espaço para uma nova subjetividade, escura, dark mas também new wave, só que nada será como antes.


A ressaca da ressaca."


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"O Montag me pediu uma hora e eu gravei três. Então ele mandou eu me f**** e eu também mandei ele se f**** - e tá tudo bem. Na virada dos 2000 eu passei a ouvir música eletrônica e alguns anos depois passei a tocar techno e house.


A partir desse período foi como se toda a música que eu ouvia antes tivesse se diluído e só existisse a música eletrônica. Guardei em caixas toda a influência pós-punk que definiu a minha adolescência, mas ela nunca me abandonou.


Meus amigos quase rebeldes dos anos 80 e 90 ouviam rock. Se eu dava play em algo diferente – “ouve aqui o Daydream Nation do Sonic Youth” - alguém dava stop. Talvez isso tenha nos separado por algumas décadas.


Hoje muitos continuam ouvindo o mesmo rock e fizeram disso um padrão de qualidade, que se converteu em conservadorismo. Mas eu continuei amando todos mesmo assim. Se você relaciona qualidade à alta performance, perde a sutileza dos espaços vazios e do silêncio.


You showed me that silence,

That haunts this troubled world,

You showed me that silence

Can speak louder than words.


(Silent Air, do The Sound)


No fim dos 90 eu lembro de caminhar no centro de Florianópolis para visitar as lojas de discos. Numa dessas caminhadas pela Felipe Schmidt tinha uma sala de segundo andar vendendo CDs usados, com caixas de som na janela executando o Disintegration do The Cure para o pessoal que perambulava no calçadão, às 14h. Compro ouro. Criança com sorvete em punho. E o Disintegration tocando. Acho que naquele momento eu entendi que não dava. Não dava mais pra ser aquilo.


Não dava pra ouvir aquilo e tocar a vida. Só que a melancolia (que é nostalgia do que nunca foi de verdade) sempre me acompanhou nos sets, os de trance e os de house e techno. Nos de trance era uma melancolia vulgar, nos outros se tornou um momento orgânico dentro da arquitetura eletrônica. Então hoje eu tenho muito cuidado em mexer nessas caixas de melancolia porque sei que depois que eu abro, vai levar um tempo para me descontaminar.

Nesse set para o Músicas & Palavras eu apertei o f****** durante 48h e a sensação foi de que estava mexendo nisso pela última vez. Foram três horas e muita coisa ficou de fora. A versão do M&P tem a primeira hora, conservando o formato da proposta. A versão do Soundcloud tem a sessão completa e ficará disponível por algum tempo.


Esse set é para o Marcão, que já partiu para os cosmos, feito um personagem de Twin Peaks, mas que daria risadas cantando:


“I don't owe you anything, no / But you owe me something / Repay me now”."


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Jay-Jay Johanson – Skeletal

Gang of Four – Damaged Goods

Cocteau Twins – Pandora

Akira S & As Garotas que Erraram – Sobre as Pernas

The Cure – If Only Tonight We Could Sleep

Killing Joke – Goodbye to the Village

The Cure – Sinking

Bauhaus – Of Lillies And Remains

Apartment – My Brother Chris

The Smiths – I Don't Owe You Anything

Cassiber – O Cure Me

Gang of Four – Natural's Not In It

Bauhaus – Double Dare

Chance – Striptease de Madame X

The Church – Cortez The Killer


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1. Jay-Jay Johanson – Skeletal [Whiskey, 1996]

2. Gang of Four – Damaged Goods [Return the Gift, 2005]

3. Cocteau Twins – Pandora [Treasure, 1984]

4. Akira S & As Garotas que Erraram – Sobre as Pernas [Não São Paulo, 1985]

5. The Cure – If Only Tonight We Could Sleep [Kiss Me Kiss Me Kiss Me, 1987]

6. Killing Joke – Goodbye to the Village [Brighter Than A Thousand Suns, 1986]

7. The Cure – Sinking [The Head On The Door, 1985]

8. Bauhaus – Of Lillies And Remains [Mask, 1981]

9. Apartment – My Brother Chris [The Dreamer Evasive, 2007]

10. The Smiths – I Don't Owe You Anything [The Smiths, 1984]

11. Cassiber – O Cure Me [Man Or Monkey, 1982]

12. Gang of Four – Natural's Not In It [Return The Gift, 2005]

13. Bauhaus – Double Dare [In The Flat Field, 1980]

14. Chance – Striptease de Madame X [Não São Paulo, 1985]

15. The Church – Cortez The Killer [A Box of Birds, 1999]

16. Morrissey – Maladjusted [Maladjusted, 1997]

17. Apartment – Everyone Says I'm Paranoid [The Dreamer Evasive, 2007]

18. Echo & The Bunnymen – Crocodiles [Crocodiles, 1980]

19. Siouxsie & The Banshees – Sin In My Heart [Juju, 1981]

20. Cocteau Twins – Ivo [Treasure, 1984]

21. Crybaby – So I Do [Crybaby, 2001]

22. PiL – Rise [Album, 1986]

23. Cassiber – This Core [Man Or Monkey, 1982]

24. Bloc Party – Like Eating Glass [Silent Alarm, 2005]

25. The Sound - Sense of Purpose [From The Lions Mouth, 1981]

26. New Order – Your Silent Face [Power, Corruption & Lies, 1983]

27. Harold Budd & Cocteau Twins - The Ghost Has No Home [The Moon and The Melodies, 1986]

28. Finis Africae – Máquinas do prazer [Finis Africae, 1986]

29. Bloc Party – Banquet [Silent Alarm, 2005]

30. Editors – Someone Says [The Back Room, 2005]

31. Xmal Deutschland – Matador [Viva, 1987]

32. Muzak - Teu Coração [Muzak, 1986]

33. Ness - M.R.O. [Não São Paulo, 1985]

34. The Lords of the New Church – Russian Roulette [The Lords of the New Church, 1982]

35. Kiko Zambianchi – Justiça [Quadro Vivo, 1986]

36. The Sisters of Mercy – Emma [Emma/Ghost Rider, 1988]

37. New Order – Elegia [Low-life, 1985]

38. The Convent – Silverbird [Red Light Melancholy, 2001]

39. Finis Africae – Mentiras [Finis Africae, 1986]

40. Apartment – June July [The Dreamer Evasive, 2007]

41. The Sound – Silent Air [From The Lions Mouth, 1981]

42. Radiohead – Ceremony [Oxfordshire Studio, 2007]

43. Julie – Flutter [Flutter, 2020]

44. Bauhaus – Wasp [Burning From the Inside, 1983]

45. Bauhaus – Hope [Burning From the Inside, 1983]


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M&P 09: EDU M - AMBIENT


A música é o alimento da alma.


Se você é o que come você também é o que ouve, e se a música é o alimento da alma a sinestesia do Ambient é uma tigela de açaí.


Tem quem fale que Ambient nem é gênero musical e açaí não é alimento mas tudo o que você precisa está lá: melodias, xarope de guaraná, camadas de synths, mel, banana, basslines, granola, ecos, morango, coco ralado, samplers, blueberry, chia, batidas espaçadas.


O Ambient e o açaí limpam os ouvidos e previnem o envelhecimento precoce, fortalecem o sistema imunológico e melhoram o funcionamento do intestino, ricos em proteínas, timbres, fibras, lipídios e ainda possuem Vitamina C, Vitamina B1 e Vitamina B2, Fósforo, Ferro e Cálcio.


Convidei o rei das cabines e dos kioskes Edu M para gravar uma horinha de Ambient e ele não economizou na polpa, entregou a porção com adicional de uma camada especial de leite ninho ou, em outras palavras, uma maravilhosa track de autoria própria e dedicada ao nosso herói Marcus Intalex que ficou ó (chef's kiss).


Pede a tigela tamanho família e o melhor fone que você puder e ouça de olhos fechados sentindo a brisa, música boa lambuza os ouvidos, alimenta a alma e refresca o corpo.


Pega a visão dele sobre o estilo e o set e claro, a tracklist, pois tabela nutricional é importante.


Obrigado Edu!


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"Pra mim esse estilo é uma ferramenta para arejar os ouvidos e estimular a criatividade no estúdio.


Sempre que eu busco inspiração de timbres ou de estéticas um pouco diferentes eu busco acessar esse tipo de sonoridade."


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"A ideia para o gravar o set foi basicamente essa: criar por um instante essa atmosfera de descanso para os ouvidos e ao mesmo tempo de inspiração à criatividade."


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Laurent Garnier - The Cloud Making Machine Pt1

Out of Place Artefacts - Atakama

Marco Zenker - Intuition Dub

Kurt Baggaley - Former Self

Tangerine Dream - Love on a Real Train

Miss Kittin - Sunset Mission

Len Faki - Rainbow Delta

Barker - Paradise Engineering

Zenker Brothers - One for all

Kanding Ray - Buran

Lascivo - 4Marcus (Unreleased)

Out of Place Artefacts - Triskaideka


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M&P 10: MONTAG - AUTONOMIC


A música é o alimento da alma.


Se você é o que come você também é o que ouve, e se a música é o alimento da alma a sinestesia da Autonomic Music é o chá das cinco.


É muito chique e definitivamente britânico, scones, beats, sanduíches, basslines, bolos de três andares e melodias com três timbres, bolinhos que cabem no bolso e snares sutis, kicks e cupcakes, biscoitos recheados, bolachinhas que engasgam, dubs e overdubs, manteigas, queijos, presuntos, ecos e salames, cremes, vocais, mel, geleias e patês, sucos, chá doce quente servido em monitores de quatro vias, xícaras de porcelana e synths modulares, chá com leite e Autonomic Music são exatamente a mesma coisa.


Convidei eu mesmo para gravar uma horinha de Autonomic e fui de Half Tempo, subgênero que melhor representa a beleza de um estilo musical nascido e criado para definitivamente alimentar a alma de quem ouve.


Pega o guardanapo de colo e fones de ouvido e ouça sem medo de ser chique no último.

Pega a minha visão sobre o estilo e o set e claro, a tracklist, pois tabela nutricional é importante.


Obrigado eu mesmo!


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"Quando o programa de rádio online Autonomic Podcast surgiu em 2009, quase 15 anos atrás, o objetivo dos criadores era dar vazão para músicas que não se encaixavam nas pistas de dança ou festivais, com influências de Kraftwerk e Disco Music dos anos 70 e 80 até o Minimal e o Dub da virada do milênio, passando por muito Ambient, Reggae e até Punk Rock.


Apenas 12 programas durante um ano abriram portas e mentes criando uma nova forma de produzir e ouvir música eletrônica e se tornou um estilo musical único e atemporal.


De um lado músicas experimentais com camadas de acordes sobrepostos preenchendo todos os espaços e de outro tons obscuros com elementos vazios e dispersos que fazem literalmente cócegas na percepção auditiva."


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"Abri a minha pasta e escolhi entre as primeiras músicas que eu mais gosto no estilo entre recentes e clássicas e focando no Half Tempo 85 BPM decidi então misturar as mais representativas, significativas e variadas e no meio do processo sem querer querendo encaixei dois Trip Hop para encerrar de fato e o meu set fazer companhia para os sets do Marcedo e do Edu M."


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Skream & Instra:Mental & dBridge - Reflections

Fracture & Lucie La Mode - Remember The Time

Fracture & Dawn Day Night - Sick Wid It

Homemade Weapons - Echoes

Genotype - Further Searching

Genotype - Version

Instra:Mental - No Future

Mark System - Thought Reform

Commix - Bear Music

Abstract Elements & Bop & Diagram - Static

Waldeck - Spy Like an Angel

Rhytual - Unsung (Sun People Remix)

Marcus Intalex & John Tejada - July 1, 2010

Massive Attack - Euro Zero Zero


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M&P 11: IGA - DISCO MUSIC


A música é o alimento da alma.


Se você é o que come você também é o que ouve, e se a música é o alimento da alma a sinestesia da Disco Music é um buffet de sorvetes.


Colorida, açucarada, grudenta.


Chocolate, kicks, creme, morango, snares, basslines, cereja, abacaxi, limão, synths, uva, teclados, maracujá, pianos, flocos, menta, vocais, avelã, refrões, pistache, milho, doce de leite, palminhas, o polêmico napolitano e os inomináveis, indizíveis e divisores de águas, Italo Disco e passas ao rum.


Ninguém te obriga a gostar, e todo mundo sabe que você gosta, sorvete alimenta e Disco Music diverte.


Aí para completar vem o chocolate granulado, sunga, canga, M&Ms, biquíni, côco ralado, areia, chicletes, protetor solar, balas de goma, top less, marshmellows, e se for na Ilha da Magia você já encontra granola e Leite Ninho.


Convidei o querido sorveteiro Ighor, o famoso DJ IGA, para gravar uma horinha de Disco Music e ele foi de italianos porque sorvete em espiral é sinônimo de alegria e a referência italiana é obrigatória em se tratando do gênero.


O set está coloridíssimo e é flow em cima de flow ou melhor, flavor em cima de flavor, tem até uma deliciosa Rita Lee e um sabor espanhol para rebater, considere um bônus como diz o DJ.

Tudo bem, Barcelona parece ser na Itália e Sardínia e Ibiza pertencem praticamente ao mesmo mar então mergulha no set, pega a colherinha colorida e se lambuza de Disco Music e aproveita que ainda estamos no verão e quando o inverno chegar ouve de novo, pois toda hora é hora de sorvete.


IgaloDisco, nasce assim um novo estilo.


Pega a visão dele sobre o estilo e o set e claro, a tracklist, pois tabela nutricional é importante.


Obrigado Ighor!


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"Disco é um daqueles gêneros em que eu nunca NÃO conheci, sempre que eu ouvia me evocava aquelas imagens do Bonnie M e afins que passavam de madrugada naquelas propagandas de coletânea de CD.


Muita música clássica da Disco eu conhecia só um trecho por causa daquelas propagandas, e meu trabalho posterior foi só descobrir como era o resto da música.


Conhecer os desdobramentos como o Italodisco foi um grande prazer, porque demonstra o quanto o gênero continua vivo."


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"Gravei esse set explorando minhas pastas do gênero sem muita pretensão, eu só sabia qual track eu ia encerrar e também que eu ia tentar tocar o máximo de músicas com o título em Italiano possível (rolou em espanhol também, o que eu considero um bônus)."


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Roman Flugel - Parade D'Amour

Skatebard & Lauer - Volpi Polari (Original Mix)

Silicodisco - Mind Slave (Original Mix)

Romain FX - Make Italo Disco Great Again (Tutorial Mix)

Purple Disco Machine - Playbox (extended mix)

Phunkadelica feat. J.O.D. - Coccoina (Gerd Janson Dance Mix)

Chaka Kahn - Ain't Nobody (LNTG Rework)

Jamiroquai - Cosmic Girl (Dimitri From Paris remix)

Romain FX - FengMao

Alberto Melloni - Utopian Love

Romain FX - Kung Fusion

Small Temple - Time Like Wind (Lauer Italo Dub)

My Boy Roy - ln Effect (Mufti Remix)

RitaLee - Mania De Você (Memê Remix)

Italoconnection feat. Tobias Bernstrup - Rainbow Warrior

Jenouise - Amor (Original Mix)

Italo Brutalo - Paradiso Analogico (Ilya Santana Remix)

Neurotiker feat. DANi - Ojos Distantes (Chinaski Remix)

Sam Ruffillo - Danza Organica (Musumeci Remix)

Emmanuelle - Italove


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M&P 10: MONTAG - ROCK AND ROLL


A música é o alimento da alma.


Se você é o que come você também é o que ouve, e se a música é o alimento da alma a sinestesia do Rock and Roll é um misto-quente.


Rock and Roll é básico, mas pode ser caprichado.


Pão, baixo, guitarra, queijo, bateria, presunto e vocais, às vezes reforça com um ovo e uma segunda guitarra, às vezes tomate e teclados, manteiga, óregano e outros apelam ainda para maionese, ketchup, até saxofone e mostarda.


Mas o básico está sempre lá, e assim como um misto-quente quanto mais se pratica mais se acerta, um bom Rock and Roll na hora certa é imbatível.


Convidei eu mesmo para chapear e gravar uma horinha de Rock and Roll do bom e tostado no ponto certo, caprichei no queijo e até cortei na diagonal porque Rock and Roll se ouve pelas bordas até chegar no refrão.


Pega a minha visão sobre o estilo e o set e claro, a tracklist, pois tabela nutricional é importante.


Obrigado eu mesmo!


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"Rock and Roll é para poucos e para muitos, é exclusivo mas é de todos, é para ciumentos e possessivos mas é coletivo e livre, é para solitários que andam em turma e para ouvir em casa ou na estrada.


É para bares pequenos e estádios, é para esquecer da vida e escapar da realidade ouvindo músicas que a gente nunca esquece e nunca envelhecem.


Rock and Roll gera paixões e rancores, faz amigos para sempre e brigas que nunca acabam, pois bons amigos brigam por bons motivos e Rock and Roll é sempre um bom motivo."


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"Escolhi uma das clássicas para abrir e uma das favoritas para encerrar, sofri para decidir quais tirar e mais ainda para sair da década de 70 e passear um pouco por outras décadas mas acho que foi, um pouquinho mas foi."


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The Zombies - Time of the Season

Elvis Presley - What's She Really Like

The Beatles with Tony Sheridan - Why (Can't You Love Me Again)

Shocking Blue - Love Buzz

The Kinks - Sunny Afternoon

Credence Clearwater Revival - Bad Moon Rising

MC5 - Shakin' Street

Jimi Hendrix - The Wind Cries Mary

The Doors - Been Down So Long

Grand Funk - Got This Thing on the Move

Thin Lizzy - Emerald

Led Zeppelin - Boogie with Stu

Whitesnake - Trouble

AC/DC - You Ain't Got a Hold on Me

The Dead Daisies - Mexico

Queens of the Stone Age - The Bronze

Black Mountain - Old Fangs

Arctic Monkeys - Fake Tales of San Francisco

Man or Astroman - 400 Individual Magnets


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