Foto: Ayrton Cruz
Se você está aqui pela primeira vez este ensaio faz parte de um livro sendo escrito em tempo real seguindo a narrativa do fluxo de consciência, se te interessar acompanhar o processo comece pelo primeiro.
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25/05/2022
SUJO E MAL LAVADO
Da morte de Jesus ao site do governo, de mão em mão.
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A expressão “lavar as mãos” se encontra nas páginas do Novo Testamento da Bíblia, a tradição na época costumava liberar um preso condenado à execução durante a Páscoa Judaica, como prova da clemência divina através do gesto dos homens. A decisão entre soltar Jesus ou o assassino Barrabás foi da multidão que acompanhava o julgamento de Pôncio Pilatos e, como registrado e sabemos, Jesus acabou sendo crucificado.
Quando perguntaram para Pôncio quem deveria ser solto e poupado, este se isentou da responsabilidade da escolha enquanto dizia a seguinte frase: “Estou inocente deste sangue. Lavo as minhas mãos”.
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Por falar em sujeira e sabão no dia 05 de Maio de cada ano é comemorado o dia internacional da higienização das mãos, uma data que ninguém sabe como se comemora e irônica por si só, cujo ato virou obsessão mundial durante a pandemia do Covid-19 em 2020 e me traz duas lembranças tristemente irônicas de dois dos homens mais traídos da história da humanidade mas antes e de quebra também me lembrou duas histórias pessoais, ironicamente tristes, envolvendo dois dos meus mais queridos professores em momentos diferentes da minha vida.
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Um professor meu do ensino médio era sempre extremamente ácido nas suas observações e opiniões sobre o nosso país, até mesmo quando decidia contar uma piada.*
Segundo ele Deus fez tudo em cinco dias: água, terra, ar, fogo, as plantas e os animais, Adão e Eva e no sexto dia antes de descansar decidiu o futuro da humanidade.
Primeiro nós seríamos expulsos do paraíso e logo a terra se dividiria em sete continentes, e cada um teria a sua maldição.
Um querubim acompanhou Deus enquanto ele narrava as suas ideias:
- Oceania!! Aqui vou por um calor dos infernos, a maioria deserto, insetos gigantes com caras de alienígenas e aranhas do tamanho de uma criança, plantas venenosas e incêndios ocorrendo sem motivo nem razão.
E seguiu:
- Ásia!! Aqui vou por frio, montanhas e mais montanhas, tsunamis e vulcões, guerras religiosas, comunismo, vírus do cu do morcego e comida ruim.
- Europa!! Mais frio, fome, igreja católica, duas guerras mundiais, nazismo, genocídio, terrorismo.
- África!! Fome, fome e mais fome, calor e doenças, pragas e mais pragas, escravidão, animais peçonhentos e predadores, ditaduras e genocídios.
- Antártida!! Frio e gelo, gelo, gelo pra caralho, uns animais desengonçados e mais gelo.
- América do Norte!! Tufões, tornados, furacões, enchentes, e mais tufões, ameaça constante de terremoto, ursos, mórmons, ursos mórmons, cobras que pulam, aranhas que voam.
E aí olhou para a América do Sul, se acalmou repentinamente e então disse, quase cantarolando:
- América do Sul, a maior floresta do mundo, as árvores mais lindas, os animais mais variados e coloridos, comida ao alcance da mão, riquezas minerais, ouro, diamante, nióbio, arroz, feijão, churrasco de montão, frutas do pé e bundas de verdade, sol, chuva e arco-íris, cachoeiras e cataratas, praias e mais praias, um feriado por semana e carnaval o ano inteiro.
O querubim não resistiu e perguntou ansioso:
- Seis continentes cheios de desgraça e por que a América do Sul continua igual ao paraíso?
Deus então respondeu:
- Calma, você já vai ver o povinho que eu vou colocar lá.
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Se o meu professor do ensino médio previu e provou como no Brasil muitas vezes o complexo de vira-lata parece ser uma realidade inescapável, um outro professor (com quem tive a honra de trabalhar) provou que lobos em peles de cordeiro são absurdamente comuns e me ensinou o conceito (praticamente uma parábola) do sujo e o mal lavado, o qual aprendi na prática e a história foi mais ou menos assim**:
Era uma perícia relativamente simples de um problema de ventilação, saturação e contaminação do ar, limite de tolerância e insalubridade/proteção individual em uma fábrica no norte do Estado de Santa Catarina, e quando estávamos chegando no local ele me informou:
- Hoje você vai conhecer o sujo e o mal lavado.
Depois de estacionar imediatamente encontramos o advogado da empresa.
E o meu professor, sem disfarçar:
- Este é o sujo.
O advogado sorriu e apertou apenas a minha mão ansioso mas sem constrangimento nenhum e sem se apresentar, como se "sujo" fosse literalmente o seu nome ou apelido oficial.
E como todo bom (ou mal, ou mau) advogado, nos levou até o escritório e num gesto único nos ofereceu café enquanto abriu a pasta e começou a socar a gente de papelada. Meu professor pegou tudo, jogou dentro da própria pasta sem olhar, saiu do escritório e começou a andar dentro da fábrica.
E aí começou a falar de ângulos, aberturas, tubulação, ventilação, vapor, máscara, localização disso e daquilo e desse e daquele, corredores e setas e marcações, aquela parede ali e aquela parede lá.
Aí o advogado cansou e disse:
- Bom para analisar estes parâmetros nós precisamos falar com o engenheiro responsável e ele só poderá vir amanhã de manhã.
Meu professor virou para mim e falou:
- Amanhã você vai conhecer o mal lavado.
Como nestas situações a empresa tem de pagar hotel, comida e deslocamento a noite terminou em pizza.
Fomos comer e fingir ler a papelada do advogado e dormir, ou tentar.
A empresa paga hotel, comida e deslocamento mas ninguém pode obrigar a te oferecer quartos separados, e este meu professor dormia como um anjo e roncava como o demônio.
No outro dia cedo tomamos café e voltamos para a fábrica.
Meu professor ao ver os dois juntos, advogado e engenheiro, riu como se todos fossem velhos amigos, não deixou sequer o engenheiro falar o próprio nome e disse:
- Agora a turma tá completa, o perito, o auxiliar, o sujo e o mal lavado.
Ambos apertaram só a minha mão, e até hoje não sei o nome de nenhum dos dois.
E assim passamos uma manhã inteira com o meu professor dando rasteira em um e tapa em outro e mandando o advogado anotar tudo como se ele mesmo fosse um segundo auxiliar.
Quando fomos embora ele enfim explicou:
- Em quase tudo daqui pra frente você vai conhecer sempre pelo menos um sujo e logo um mal lavado, sempre depende de quem aparece primeiro, quem chegar e falar primeiro é o sujo, depois vem o mal lavado. 90% das vezes é um advogado cheio de papel inútil mas volta e meia eles mandam primeiro um engenheiro cheio de mapa embaixo do braço para te assustar.
Se o advogado chegar primeiro você joga fórmulas na cara dele e ele chama o engenheiro.
Se for o engenheiro, você joga leis e ele chama o advogado.
E continuou:
- O sujo sempre vai fingir estar do seu lado, o mal lavado vai sempre fingir querer te ajudar, que estamos todos no mesmo barco e logo tudo será resolvido. Não estão, não vão te ajudar e nem resolver nada. Quando é interessante eles se unem, quando convém eles se separam, mudam o discurso, lavam as mãos e voltam para a estaca zero. Ambos trabalham para o mesmo chefe, e este chefe não quer ver a sua cara e nem saber o seu nome, logo você não precisa saber o nome de nenhum deles também. Não se preocupe em apertas as mãos deles também, assim como as palavras na boca apertar as mãos não tem valor nenhum.
E continuou mais um pouco:
- E como você percebeu uma hora as visitas e os processos se tornam rotina.
E ainda:
- E no fundo tanto faz quem é quem mas se aparecer um advogado e um engenheiro juntos, o advogado é sempre o sujo.
E então eu perguntei:
- Por quê?
E ele:
- Porque todo sujo se veste de mal lavado.
Sutil como uma pedra de protesto na Avenida Paulista e em uma tarde e uma manhã, mais uma aula de Brasil.
Aula por aula entre outras pérolas durante o curso e em uma das suas melhores aulas este meu professor contou a história do Nicolas LeBlanc e Ignaz Semmelweis.
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No século 18, mais precisamente em 1791, o químico e médico francês Nicolas LeBlanc descobriu como transformar o cloreto de sódio em carbonato de sódio, tornando o sabão feito a partir de sal um produto feito em escala, barato e acessível para todos, vencendo assim um prêmio em dinheiro oferecido pelo governo na época para quem realizasse o feito.
Nicolas patenteou a descoberta e passou a produzir até a chegada dos mal lavados da Revolução Francesa e a consequente execução do Rei Luís XVI em 1792, quando seu invento e sua fábrica foram estatizados, perdendo tudo o que tinha.
10 anos depois suas instalações foram devolvidas por Napoleão Bonaparte mas, sem nunca ter recebido o prêmio e sem condições de manter o negócio e sua família, Nicolas LeBlanc se suicidou em 1806.
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E isto é tudo o que você precisa saber sobre governos.
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No século 19, em 1846, o médico húngaro Ignaz Semmelweis era residente e assistente na Primeira Clínica Obstétrica do Hospital Geral de Viena, na Áustria, em uma época onde farmacêuticos e médicos passavam na sua rua de porta em porta e partos se faziam em casa, com ajuda de parteiras ou não.
Hospitais realizavam funções bem diferentes ou dizendo de outra forma, bem mais extremas: Amputações, loucos na beira da morte, moribundos abandonados pela família, partos de prostitutas, partos complicados e a boa e velha (e imunda) escola de medicina, o ofício dos brutos, onde a dissecação dos mortos parecia ser mais importante e interessante que cuidar dos ainda vivos e o chão era forrado com serragem para absorver o sangue dos pacientes.
Os mesmos médicos das autópsias e manejo dos cadáveres eram os médicos dos doentes e então auxiliares dos partos, sair vivo e curado parecia mais obra do acaso, da reza e da sorte.
Hospitais eram o último recurso, do desespero, da dor e da desesperança até mesmo para os bebês, pois se as maternidades foram criadas para reduzir o número de infanticídios de nascidos indesejados, dentro delas os bebês morriam antes, durante ou após o parto junto com suas mães, fossem de complicações naturais, inépcia ou septicemia.
Higienizar as mãos então não era frescura nem luxo, em um lugar mais parecido com um açougue ou matadouro (ou purgatório) humano simplesmente não se tocava no assunto.
Em resumo, 200 anos atrás os hospitais não eram bem vistos e o sabão ainda não era popular mesmo após Nicolas LeBlanc ter tornado ele acessível décadas antes, e um médico lavar as mãos não era sequer hábito ou regra.
Coube a Ignaz Semmelweis o espírito de observar, questionar e comunicar a existência de possíveis "partículas cadavéricas" migrando de mortos e doentes para as mãos dos médicos e daí para ventres e crianças recém-nascidas e, hoje muito logicamente percebido, causando a morte destas também.
E então Ignaz instalou uma bacia com uma solução de cal e cloro na entrada das salas de parto junto de um cartaz com os dizeres: Lave as mãos.
Menos de um mês depois o índice de óbitos caiu de quase 20% para menos de 2%.
Apesar do sucesso evidente da ideia a comunidade médica rejeitou o procedimento pois em outras palavras era a comprovação indireta de que médicos matavam os seus pacientes, iniciando assim um ciclo de perseguições e boicotes ao trabalho de Ignaz, resultando na sua demissão do hospital em Viena e então o seu retorno para a Hungria.
Com a negligência e o rancor de seus colegas e tomado por uma depressão cada vez mais profunda, Ignaz passou os anos seguintes atacando abertamente seus detratores até 1965, quando foi enganado por um colega ao ser convidado para visitar outro hospital em Viena e internado forçadamente em um hospício onde, duas semanas depois, morreria por consequência de uma infecção justamente nas mãos, causada pelas feridas dos espancamentos recebidos dos guardas do local.
Sim, nesse período hospícios também eram apenas uma espécie de presídios penitentes, uma mera herança da inquisição e para onde iam quem ousava questionar a moral, a política ou a ordem social dominante, uma forma de confessar os crimes e pecados que nunca cometeram e, como castigo, morrer por lá.
Cinco anos depois da sua morte a Teoria dos Germes passou a ser conhecida, reconhecida, aceita e difundida pela ciência e medicina e enfim procedimentos de higiene hoje considerados básicos passaram a ser adotados rotineiramente como se nunca houvessem sido questionados anteriormente.
Morreu traído pelo seus pares.
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E isso é tudo o que você precisa saber sobre médicos.
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Claro, ninguém é obrigado a saber ou lembrar dessas histórias quando lava as mãos, eu não lembro. Mas é sempre bom ter em mente, num mundo onde a regra geral é o benefício de poucos garantido através do sacrifício de muitos, algumas vezes o sacrifício de poucos beneficia toda a humanidade.
E claro, sempre ótimo nunca esquecer, a rotina invisível dos dias de hoje era o luxo dos dias de ontem e muito do que chamamos atualmente de normalidade em algum período no passado já desafiou a ordem do dia e da sociedade.
Menos de dois séculos atrás não tínhamos um décimo do conforto, segurança e qualidade de vida atuais, a prova indiscutível desse fato é a humanidade ter demorado 200.000 anos para chegar a um bilhão de pessoas no planeta em 1800 e apenas 200 anos para chegar aos sete bilhões atuais, então lavar as mãos não é apenas um gesto de higiene e educação, mas também uma ótima metáfora para a reflexão.
Foto: Ayrton Cruz
Este meu professor dava aula de Higiene do Trabalho, falava sobre governos e leis e fórmulas, e sobre advogados e engenheiros e sujos e mal lavados ele entendia de sobra sendo ele mesmo advogado e engenheiro, a ironia do lugar de fala se afirma por si só.
Leis pouco importam quando os incentivos falam mais alto, palavras e apertos de mão perderam o poder e significado, e quando o governo decide reduzir o número de cobras, a quantidade delas não misteriosamente aumenta consideravelmente.
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*Atualizei alguns pontos da piada para fins dramáticos, a ironia se preservou.
**Este texto é o meu primeiro ensaio, escrito em 2009, e praticamente o mesmo desde a primeira vez que escrevi alguns dias depois deste trabalho, e está exatamente assim na minha memória até hoje.
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Cápsulas do tempo.
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Por falar em sujo e mal lavado esta semana foi angustiante em todos os sentidos.
Entrei no site do Detran para pagar as malditas taxas e bancar as estradas esburacadas de sempre e descobri que recebi uma multa por dirigir com o celular na mão.
Onde já se viu, não se pode mais nem arriscar a minha vida e a dos outros por causa da minha ansiedade digital???
Um ou dois dias depois precisei entrar em um processo de regularizar todos aqueles documentos esburacados e um tanto quanto inúteis da nossa esburacada democracia, certificado de reservista militar e título de eleitor.
Eu nunca me ofereci para ser reserva de coisa nenhuma, eu não sou segunda opção de ninguém e muito menos do exército e nunca votaria em ninguém que me colocasse de reserva para coisa nenhuma e ainda por cima sem eu pedir mas ok, o reservista aqui não só está na reserva como ainda precisa provar que está na reserva para o mesmo governo que me colocou na reserva.
E então tive de fazer o meu cadastro no site do governo, o famigerado gov.br e precisei bater uma selfie para o governo.
Uma.selfie.para.o.governo.
E ao completar a selfie recebi parabéns do governo por, sabe Deus por qual motivo, meu cadastro lá já ser nível ouro.
Sou segunda opção na fila do exército mas o governo me trata como VIP, embora ser tratado como VIP pelo governo significa eles saberem sobre você muito além da sua vontade de informar.
Dá até ressaca lembrar disso, por mim mudava logo o nome desse site para engov.br, porque você vai precisar de um depois de acessar.
A semana foi passando e o mundo se revoltou com o fato do McDonald's Sabor Picanha não ter picanha e o Whooper Sabor Costela do Burger King não ter costela mas me diz quem é que vai num McDonald's ou Burger King para saber a verdade sobre as coisas?
A (des)graça do fast food é justamente não saber como aquilo é feito.
Aí chegou o fim de semana e saí pela primeira vez desde 08/03/2020 para curtir um Hardcore, literalmente dois anos sem uma rodinha punk então eu fui e curti, um pouco enferrujado mas curti, tomei um soco na boca de graça como é padrão nas rodinhas, e aí naquela conversa de fim de noite tomei um soco no estômago ouvindo um amigo meu conversando com outro sabe deus qual assunto e comentando no meio do papo sobre o novo Miojo Sabor Chocolate.
E que você prepara ele com leite.
E vindo da mesma empresa que também já havia feito o Miojo Sabor Picanha.
Fui embora melancólico para casa, tomei um banho e sim, antes de dormir resolvi pesquisar o tal Miojo para descobrir que além de chocolate existe também o sabor beijinho e ainda descobri que a mesma empresa em 2019 havia criado o Sabor Universal, em outras palavras o pacote de macarrão vendido sem o pacotinho de sabor, para você temperar em casa do seu jeito.
Sim, você leu isso mesmo, Miojo Sabor sem Sabor, Miojo Sabor Vazio Espiritual, tão deprimente quanto um biscoito da sorte sem bilhete dentro. Se o sabor universal não tem gosto de nada, seria este o grande segredo do universo ou apenas mais um buraco negro no mundo das comidas industrializadas?
E se a moda pega, o Big Mac Sabor Universal com apenas alface, queijo, molho especial, cebola e picles no pão com gergelim (pode cantar junto), e a gente adiciona a carne em casa.
E aí no domingo abri o YouTube dar aquela olhada básica na vida lá fora sem precisar sair de casa e soube que o Aleksandro da dupla sertaneja Conrado & Aleksandro morreu num acidente de ônibus.
Não que ele vá fazer falta na minha vida mas acidentes são sempre tristes, triste também são os vídeos amadores e postados nas redes sociais como o de um fã que seguiu o ônibus da dupla momentos antes e filmou com o celular enquanto dirigia a 130 quilômetros por hora para denunciar em tempo real o ônibus levando a dupla a 130 quilômetros por hora e por isso poderia causar um acidente.
Tão Brasil.
Se eu julgar ele estarei sendo hipócrita, se eu ficar em silêncio estarei sendo conivente.
Só me resta pagar a multa, aprender a lição e engolir o sapo de ser brasileiro mesmo quando tento não ser.
A morte tem cheiro de maçã, a vida tem cheiro de limão, a liberdade tem cor e sabor de sorvete de melão e a democracia tem sabor de Miojo Universal.
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Mas tudo bem, o mês de fato teve muita classe musical, surdez e nostalgia de todos os tipos, pegamos uma sequência de shows com o Metallica no Mineirão, Cannibal Corpse e Gorillaz em São Paulo e uma escapada para Curitiba ver o Gorillaz novamente.
Metallica fodaço como sempre, Cannibal Corpse ensurdecedor como nunca e Gorillaz duplamente divertido e maravilhoso, como só eles conseguem.
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